Reflexões sobre a discussão de territórios e COVID-19
A pandemia COVID-19 está relacionada ao conceito de território como espaço social e que envolve a ciência da epidemiologia e como a ação do homem pode ajudar na disseminação da doença, junto ao fenômeno da globalização. Como pode ser visto no texto “TERRITÓRIO: ESPAÇO SOCIAL DE CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADES E DE POLÍTICAS” o território não pode ser visto apenas como um espaço geográfico, é imprescindível que se analise um espaço socialmente, visando a qualidade de vida e saúde junto a outras áreas. Estudar socialmente um território é importante para observar os diferentes modos de vida que os indivíduos possuem por causa do espaço onde estão inseridos. Os indivíduos vivem, adoecem e morrem diferentemente conforme sua inserção nas classes sociais. Independente da doença, neste caso o COVID-19, a determinação social para a manifestação da doença é distinta para diferentes pessoas, mesmo que o agente etiológico não mude. Sendo assim, um indivíduo que pertence à classe média e um indivíduo morador da periferia, terão problemas diferentes com a mesma doença. A natureza flexível e aplicável a múltiplos fins dos recursos econômicos e sociais faz com que eles possam ser usados de diferentes maneiras em diferentes situações para promover a saúde dos seus detentores ou minimizar as consequências da doença. Tendo como exemplo as complicações da Covid-19 em diferentes territórios, destaco a reportagem do G1 NOTICIAS, “Morumbi tem mais casos de corona vírus e Brasilândia mais mortes; óbitos crescem 60% em uma semana em SP”.
Deve-se refletir sobre as circunstâncias de trabalho, localização e moradia dos trabalhadores assalariados e sobre o papel dos diversos fatores que podem contribuir para uma maior exposição e propagação da doença entre estas categorias da base social. No âmbito espacial, a distância entre moradia e trabalho, a dependência do transporte coletivo, a deficiência de saneamento, a densidade demográfica, a interação face a face, as limitações internas em espaço e suporte das moradias (que tem a função de proteção), geram situações e comportamentos de risco para aqueles que se distribuem em espaços com estas características.
Em momento de pandemia se faz, mais do que nunca, necessário olhar para o nosso território de forma social, visando a promoção da saúde, por meio da promoção da solidariedade, onde vários sujeitos sociais e o Estado atuem coletivamente a fim de promover a melhoria das condições de vida e saúde. Para que isso ocorra de maneira justa é preciso conhecer todas as realidades vividas no país, conhecendo os indivíduos, o espaço em que vivem e como ocorre a relação dos indivíduos entre si e com o espaço. Feita esta análise, pode-se elaborar estratégias de ação cuja relevância social possa auxiliar na promoção de saúde.
Reflexões sobre a discussão de territórios e COVID-19
A pandemia COVID-19 está relacionada ao conceito de território como espaço social e que envolve a ciência da epidemiologia e como a ação do homem pode ajudar na disseminação da doença, junto ao fenômeno da globalização. Como pode ser visto no texto “TERRITÓRIO: ESPAÇO SOCIAL DE CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADES E DE POLÍTICAS” o território não pode ser visto apenas como um espaço geográfico, é imprescindível que se analise um espaço socialmente, visando a qualidade de vida e saúde junto a outras áreas. Estudar socialmente um território é importante para observar os diferentes modos de vida que os indivíduos possuem por causa do espaço onde estão inseridos. Os indivíduos vivem, adoecem e morrem diferentemente conforme sua inserção nas classes sociais. Independente da doença, neste caso o COVID-19, a determinação social para a manifestação da doença é distinta para diferentes pessoas, mesmo que o agente etiológico não mude. Sendo assim, um indivíduo que pertence à classe média e um indivíduo morador da periferia, terão problemas diferentes com a mesma doença. A natureza flexível e aplicável a múltiplos fins dos recursos econômicos e sociais faz com que eles possam ser usados de diferentes maneiras em diferentes situações para promover a saúde dos seus detentores ou minimizar as consequências da doença. Tendo como exemplo as complicações da Covid-19 em diferentes territórios, destaco a reportagem do G1 NOTICIAS, “Morumbi tem mais casos de corona vírus e Brasilândia mais mortes; óbitos crescem 60% em uma semana em SP”.
Deve-se refletir sobre as circunstâncias de trabalho, localização e moradia dos trabalhadores assalariados e sobre o papel dos diversos fatores que podem contribuir para uma maior exposição e propagação da doença entre estas categorias da base social. No âmbito espacial, a distância entre moradia e trabalho, a dependência do transporte coletivo, a deficiência de saneamento, a densidade demográfica, a interação face a face, as limitações internas em espaço e suporte das moradias (que tem a função de proteção), geram situações e comportamentos de risco para aqueles que se distribuem em espaços com estas características.
Em momento de pandemia se faz, mais do que nunca, necessário olhar para o nosso território de forma social, visando a promoção da saúde, por meio da promoção da solidariedade, onde vários sujeitos sociais e o Estado atuem coletivamente a fim de promover a melhoria das condições de vida e saúde. Para que isso ocorra de maneira justa é preciso conhecer todas as realidades vividas no país, conhecendo os indivíduos, o espaço em que vivem e como ocorre a relação dos indivíduos entre si e com o espaço. Feita esta análise, pode-se elaborar estratégias de ação cuja relevância social possa auxiliar na promoção de saúde.