A saúde está intrinsecamente relacionada às dimensões econômicas, sociais, políticas e na produção de saúde e da doença nas coletividades. Há uma complexa relação social existente no processo de produção da saúde e da doença, por meio da análise dos vínculos que existem entre a extensão de cobertura dos cuidados médicos, os serviços de saúde e as necessidades do capitalismo no sentido de manter e reproduzir a força de trabalho, explorando cada vez mais o indivíduo e, por conseguinte, o coletivo (classe trabalhadora). Essa situação torna-se cada vez mais evidente no atual cenário de pandemia pelo Covid-19 em que estamos vivendo. Na qual a classe vulneravelmente social está em leitos de hospitais sem equipamentos adequados, sem acesso às medidas de higiene preventivas como, álcool em gel, sabão, máscaras ou ainda saneamento básico, como rede de esgoto e água potável. Há um discurso relacionado ao retorno das atividades econômicas para evitar a da fome, a miséria e da falta de recursos, no entanto, este sempre foi um cenário comum a essa classe. Ou seja, indivíduos, aliás, as classes subalternas – como diria Yazbek - estão sendo ignoradas em detrimento da preocupação com a economia-capitalista mundial.
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