Nesta aula fui instigada pelos professores a olhar para a determinação social e para os determinantes com um olhar crítico à realidade posta atualmente com a qual lidamos com a crise do coronavírus. Somando-se as falas do primeiro encontro das praças virtuais, o fato de que o modo como a ocupação humana nos espaços urbanos desde o imperialismo até como nos organizamos hoje nesse mundo globalizado influenciou o que hoje estamos vivenciando com o COVID-19 me chamou muito a atenção, até porque, essa doença tem o caráter urbano. Problematizar impressões que são muito difundidas hoje em dia de que UTI's e respiradores são a chave para a resolução do problema, qual o tipo de visão de saúde que temos? E como o jogo de forças entre o econômico e o político dentro da determinação social é importante para que possamos entender que não devemos nos reduzir a somente um deles.
A sobreposição do âmbito econômico sobre o político, por conta da configuração capitalista que estamos inseridos, afeta diretamente na noção de quais vidas importam neste momento pandêmico, quem vai se arriscar a ir trabalhar, quem vai ter condições de ter o acesso ao tratamento mais adequado e, principalmente, quem vão ser as pessoas que serão vítimas de uma necropolítica anunciada no Brasil. Entender que o modo de vida que uma pessoa leva, que é produto de um interesse econômico maior, é um grande determinante social da saúde, afinal.